sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Em tempos de esgotamento, venho entendendo cada dia um pouco da diferença entre isolar-se e recolher-se.
É um trabalho hercúleo (para mim) confuso e extenso. E não disponho de muita ajuda ou recursos. Que o recolhimento se faça ofício.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

4'33

Eu vou me afundando nos deveres não cumpridos. Num minuto tudo perde a importância. Vou deixando...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Às voltas com solavancos de vontade, mas os ruídos incomodam, distraem e desanimam. Esses que vivem, de onde eles tiram? Como será que eles fazem, meu Deus?  E o que é feito da culpa?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um orgulho disfarçado

Eu sempre tive vergonha de saber como é a neve. Tinha medo dos olhares de reprovação (como assim você nunca passou um natal em NY? um inverno na Europa?). Mas hoje a Mai me salvou: A neve é fofa. (e eu nem precisei perguntar)

Todo o copo num gole.

Então tá. Fica como uma conversa cheia de espaços, porque é preciso pegar intimidade, até que a coisa flua. Com blog é igual. Fico pensando no que vai ser escrito primeiro. Fico querendo guardar aquele cheiro de plástico novo de quando se abre a embalagem. Me lembro da dúvida que eu tive pra quem ia fazer a primeira ligação do meu primeiro celular. Era só um telefonema, dentre milhares que daria, mas aquele, por mais que eu não me lembrasse depois, ia ser sobre um aparelho novo. Talvez quem recebesse a ligação não se desse conta, mas eu estava na verdade contando sobre como tinha tomado uma primeira decisão e gasto um certo dinheiro, que pra época, me era bastante. Era um celular pós pago, com mais minutos que eu podia gastar, e é como beber o copo de coca-cola num gole só, com aquele prazer de saber que tem mais na geladeira. O alívio da reserva. Eu era independente pra falar com quem eu quisesse pelo tempo que precisasse (as operadoras sabem muito sobre isso e os publicitários também). Com um celular pré pago eu sou de um jeito que detesto ser com algumas coisas. É como se eu não tivesse, porque cada minuto é tão caro. Cada vez que alguém diz "me liga quando chegar", eu penso nos minutos restantes e penso em dinheiro (não gosto de pensar em dinheiro todo o tempo). E eu já não falo mais com as pessoas, porque sempre tenho um pouco de receio de ficar sem créditos numa emergência, ou simplesmente a ligação cortar antes que eu diga o importante. E diante da dúvida sempre escolho nenhum. O desespero da reserva.
Por isso eu decidi que, assim que voltar a trabalhar, quero ter aquela dúvida de quem vai receber de mim uma ligação sem pressa de um novo celular pós pago, que é uma liberdade disfarçada de vida moderna.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

quando a carta ocupa o entre - partir, chegar.

lat. confinis,e 'contíguo, vizinho, próximo';


espaço deixado entre os limites de duas coisas contíguas